Em sua nova edição, o estudo analisou o desempenho de 176 hotéis e 31.777 UHs em 10 cidades brasileiras. O estudo inclui o pipeline de novos projetos das principais redes hoteleiras no país e o desempenho dos hotéis demonstra recuperação, mas o RevPAR está muito aquém de 2019. A HotelInvest, com o apoio institucional do […]
João Ricardo Lopes Doro
May 2022
Em sua nova edição, o estudo analisou o desempenho de 176 hotéis e 31.777 UHs em 10 cidades brasileiras. O estudo inclui o pipeline de novos projetos das principais redes hoteleiras no país e o desempenho dos hotéis demonstra recuperação, mas o RevPAR está muito aquém de 2019.
A HotelInvest, com o apoio institucional do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), acaba de divulgar a 16ª edição do Panorama da Hotelaria Brasileira. Além da análise do desempenho agregado de 2021 e da média móvel mensal dos últimos 3 anos, o Panorama conta com a pesquisa anual de nova oferta em desenvolvimento.
Com o avanço da vacinação no Brasil e no mundo e consequente relaxamento das medidas restritivas, o fluxo de viajantes e a ocupação dos hotéis começou a se intensificar, ainda que de forma tímida, a partir de junho de 2021, com destaque para o último trimestre. No agregado anual do desempenho dos hotéis do Brasil, 2021 teve um aumento de 50,4% na ocupação em relação ao primeiro ano da pandemia. A diária média, por sua vez, sofreu uma retração de 6,2%. Ainda assim, o RevPAR conseguiu crescer 41%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de ocupação no 2º semestre, pulando de R$ 68 para R$ 96.
Dentre as capitais analisadas, apenas duas apresentaram um RevPAR próximo ao observado em 2019, Goiânia com R$ 134 e Vitória com R$ 141 (ambas 92% mais próximas do ano pré-pandemia). Já São Paulo e Porto Alegre possuem o RevPAR mais distante, tendo recuperado apenas 37% e 50%, respectivamente, do índice visto em 2019.
Quando comparamos os anos de 2021 vs. 2020, dentre as cidades que apresentaram maior crescimento no RevPAR estão Goiânia, com aumento de 97%, e Brasília, que apresentou variação positiva de 68%. Essas mesmas capitais também são as que tiveram maior aumento de ocupação, 83% em ambas. Com relação à diária média, Goiânia teve o maior crescimento de tarifa, 8%, e Vitória se destacou na segunda posição, com aumento de 6%.
A Nova Oferta hoteleira
O Panorama também destaca os investimentos previstos para os anos de 2022 a 2026, incluindo período de abertura, perfil dos produtos e o volume de investimentos. São 124 hotéis em desenvolvimento no Brasil até 2026, resultando em um total de R$ 5,3 bilhões em investimentos.
A nova oferta foi divulgada por 14 redes e deve acrescentar 18.806 unidades habitacionais no país, concentradas, majoritariamente, nos segmentos econômico e supereconômico (58%). Do ponto de vista geográfico, as regiões Sudeste e Sul (55%), e cidades com mais de 1 milhão de habitantes (35%) concentram a maior parte dos novos apartamentos. Ainda que as cidades de grande porte tenham ganhado representatividade, o interior continua sendo o principal eixo de desenvolvimento: 64% das novas UHs se encontram no interior, 31% nas capitais e 5% nas regiões metropolitanas.
As franquias continuam a crescer e representam 43% dos novos contratos, mas o modelo “administração” ainda é predominante com uma representatividade de 60%.
Recomendações para o setor
O grande desafio da hotelaria brasileira nesse momento de retomada é a recuperação das diárias. Distantes dos níveis pré-pandemia – apenas duas capitais estão próximas dos patamares registrados em 2019 – os hotéis ainda sofrem com o aumento dos principais itens de custo operacional, como utilidades, A&B e folha de pagamento. Os resultados, portanto, ainda estão deprimidos e longe de recuperar o prejuízo acumulado dos últimos dois anos.
Para baixar a versão completa do Panorama da Hotelaria Brasileira, clique aqui.