Panorama da Hotelaria Brasileira – prévia do 3º trimestre de 2023

A HotelInvest, com o apoio do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), acaba de lançar a prévia trimestral do Panorama da Hotelaria Brasileira. Dessa vez, além do primeiro semestre, trazemos também os dados do 3º trimestre de 2023, sendo possível fazer uma comparação de desempenho com os últimos 4 anos. Também apresentamos a média móvel de 12 meses da ocupação e da diária para cada uma das capitais analisadas no estudo.

Nessa edição, foi estudado o desempenho de 210 hotéis e 37.005 UHs em 10 cidades brasileiras (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). Confira o relatório interativo abaixo:

Seguindo as expectativas da edição anterior, a ocupação do 3º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022 teve uma leve queda de 2% enquanto a diária média cresceu 13% real, o que resultou em um aumento de RevPAR de 11%. Esses níveis de desempenho refletem uma desaceleração do que tem sido visto nos últimos quatro trimestres, que foram cruciais para recuperação do mercado hoteleiro pós pandemia.

De todas as cidades analisadas, apenas duas tiveram crescimento de ocupação: Brasília (1%) e Salvador (11%), sendo que a primeira tem tido bastante movimento desde a troca do governo no começo de 2023 tanto do ponto de vista de demanda corporativa e eventos, quanto de lazer. Já a capital baiana, por sua vez, ganhou destaque também pelos diversos congressos médicos que aconteceram no destino.

Sobre a diária média, a única capital que apresentou queda real foi o Rio de Janeiro, que amargou 7% a menos de tarifa. Esse mercado sofreu bastante impacto por conta do Rock In Rio, que movimentou muito o destino em setembro de 2022, mas que infelizmente não aconteceu em 2023, já que é um evento realizado com um intervalo de 1 ano.

Por fim, o RevPAR, mesmo com a queda da ocupação na maioria das capitais e crescimento mais modesto de diária, teve aumento real em 8 das 10 cidades. As duas que tiveram queda foram Fortaleza (1%) e Rio de Janeiro (7%), sendo que o indicador da capital carioca foi puxado para baixo pela diária média e a cearense, pela ocupação que desacelerou por conta da demanda de lazer que voltou a viajar para fora do país.

Daqui para frente, para que a ocupação volte a crescer de forma mais expressiva, é preciso que a economia reaja às medidas que estão sendo tomadas pelo governo. Com a demanda mais aquecida e sem a previsão de novas aberturas que possam causar um efeito de superoferta nas cidades analisadas, há espaço para crescimento real de diária em curto e médio prazos.

HotelInvest lança em parceria com o FOHB a 17ª edição do Panorama da Hotelaria Brasileira.

A HotelInvest com o apoio institucional do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), acaba de divulgar a 17ª edição do Panorama da Hotelaria Brasileira. Junto com o estudo, apresentamos uma ferramenta interativa de análise online através do Power BI, na qual é possível observar o desempenho anual e mensal dos últimos quatro anos, assim como fazer comparações entre a cidade escolhida e as demais capitais da região na qual ela está inserida, além da média móvel da ocupação e da diária média. Confira abaixo:

Na edição de 2023, o estudo analisou o desempenho de 202 hotéis e 35.259 UHs, em 10 capitais brasileiras. Além disso, o relatório inclui o pipeline dos novos projetos das principais redes hoteleiras do país, sendo 108 hotéis com inauguração prevista até 2027.

Apesar do aquecimento da demanda hoteleira no último trimestre de 2021, a recuperação do desempenho da hotelaria foi momentaneamente freada pela variante ômicron no início de 2022. Com a queda no número de casos, a demanda corporativa e de eventos se mostrou mais presente e constante. Assim, no agregado anual do desempenho dos hotéis no Brasil, 2022 teve um aumento de 41,1% na ocupação em relação à 2021 e a diária média, por sua vez, obteve um crescimento de 19,7%, resultando em um RevPAR 68,8% maior.

Dentre as capitais analisadas, três ultrapassaram o RevPAR de 2019 (Rio de Janeiro, Recife e Manaus), sendo que Curitiba se igualou ao ano pré-pandemia e as demais estão próximas, mas ainda abaixo do patamar visto na época.

Quando comparamos os anos de 2022 vs. 2021, todas as cidades apresentaram variações positivas nos três índices analisados. Se tratando do RevPAR, ganham destaque as cidades de São Paulo que teve uma variação de 139,8%, Belo Horizonte com 83,4% e Porto Alegre com 79,0%. Quanto ao aumento da ocupação, São Paulo teve a maior variação positiva (73,9%), seguida de Curitiba (63,1%) e Belo Horizonte (61,0%). Com relação à diária média, São Paulo lidera com o maior incremento de tarifa com um crescimento de 37,9%, sendo que o Rio de Janeiro também teve destaque com aumento de 31,1%.

A nova oferta hoteleira

O Panorama também destaca a quantidade de novos empreendimentos previstos para os anos de 2023 a 2027, incluindo o ano de abertura, perfil do produto e o volume de investimento. Atualmente, são 108 hotéis em desenvolvimento no Brasil até 2027, 12,9% a menos em relação à edição anterior, com um total de R$ 5,7 bilhões em investimentos.

A nova oferta foi divulgada por 15 redes e deve acrescentar 17.923 unidades habitacionais no país, equiparadas, nos segmentos midscale/upper-midscale (38%), supereconômico/econômico (35%) e upscale/luxo (27%). Do ponto de vista geográfico, as regiões Sudeste (56%) e Sul (22%) concentram a maior parte dos novos apartamentos, e as cidades com até 100 mil habitantes ganharam destaque no desenvolvimento de novos hotéis. Ainda que as cidades de grande porte tenham ganhado representatividade, o interior continua sendo o principal eixo de desenvolvimento: 68% das novas UHs se encontram no interior, 27% nas capitais e 5% nas regiões metropolitanas.

As franquias continuam crescendo e representam 41% dos novos contratos, mas o modelo de “administração” ainda é predominante, com uma representatividade de 57%.

Recomendações para o setor

Ainda que alguns projetos tenham sido destravados devido ao reaquecimento do mercado hoteleiro, a alta do custo de construção está inviabilizando o desenvolvimento de novos hotéis, uma vez que, desde o início de 2020, o crescimento do INCC foi superior ao avanço da inflação e algumas cidades ainda não conseguiram reajustar as suas tarifas na mesma proporção. Além disso, a SELIC em um patamar alto eleva o custo de oportunidade dos investidores qualificados, fazendo com que eles reavaliem a alocação dos seus investimentos. Por fim, o RevPAR de algumas cidades ainda não atingiu o patamar pré-pandemia, reforçando ainda mais que o foco para 2023 deve ser o reajuste de tarifa, para que as margens operacionais não sejam corroídas pela inflação e para que os ativos permaneçam financeiramente saudáveis.

Para baixar o documento completo do Panorama da Hotelaria Brasileira, clique aqui.

Boletim FOHB HI

Inspirados no boletim Focus do Banco Central e no intuito de olhar para frente e não apenas no retrovisor, a HotelInvest em parceria com o FOHB idealizaram o Boletim FOHB HI. Neste relatório o mercado poderá acompanhar a projeção elaborada pelos departamentos de RM das operadoras hoteleiras associadas, para o mercado de São Paulo e para o ano de 2023. Os dados de ocupação e diária média serão apresentados em intervalos de crescimento e atualizados trimestralmente. Para acessar o conteúdo, clique aqui.

Sócio da HotelInvest participa de entrevista com o Clube Fii

No último dia 20/01, nosso sócio Cristiano Vasques participou de uma entrevista realizada pelo Clube Fii, que tratou de diversos assuntos, como imóveis residenciais para renda e locações de curto prazo (short stay). A entrevista foi conduzida por Arthur Vieira de Moraes, sócio e head de Educação do Clube Fii.

A entrevista teve como base o estudo produzido pela HotelInvest: “Short-Term Rental – Disrupção ou superoferta?” – Desempenho, nova oferta e análises do mercado paulistano”, que traz dados e informações sobre esse mercado.

Para conferir a entrevista na íntegra, acesse a página do YouTube do Clube Fii clicando aqui.