A HotelInvest, com o apoio do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), apresenta a prévia trimestral do Panorama da Hotelaria Brasileira, com foco no desempenho do 1º trimestre de 2025 e comparações históricas com os últimos 6 anos. Adicionalmente, são exibidas as médias móveis de 12 meses da taxa de ocupação e da diária para cada uma das capitais analisadas.
O estudo contempla 185 hotéis em 10 capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), totalizando 33.303 unidades habitacionais. Confira o relatório interativo abaixo:
A taxa média de ocupação no país registrou um aumento de 3,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mantendo uma trajetória de crescimento moderado. A valorização do dólar foi um fator decisivo para esse resultado, que apesar do alto custo de passagens aéreas, estimulou a demanda pelo turismo doméstico. Esse movimento impulsionou principalmente o turismo de lazer local, grande responsável pelos indicadores positivos observados no período analisado.
A maioria das capitais apresentou avanço na taxa de ocupação, com destaque para Rio de Janeiro (17,8%), Porto Alegre (11,1%) e Belo Horizonte (10,1%). O bom desempenho das capitais carioca e mineira deve-se, em grande parte, à movimentação turística gerada pelo Carnaval e eventos. Já o crescimento de Porto Alegre está relacionado, principalmente, à realização de diversos eventos que atraíram visitantes com diferentes motivações, para além do lazer.
Em contrapartida, apenas duas capitais registraram queda de ocupação: Manaus (3,7%) e Recife (3,3%). Os motivos para esse desempenho são variados: em Recife, o desempenho abaixo do esperado pode ser parcialmente atribuído ao feriado de Carnaval, que, embora tenha movimentado a cidade e mantido o volume de diárias em patamar semelhante ao do ano anterior, não superou a demanda registrada no mesmo período de 2024; já em Manaus, a queda em ocupação, em relação ao mesmo período de 2024, se explica pela menor quantidade de eventos realizados, sobretudo nos meses de janeiro e fevereiro em comparação ao ano anterior.
Além da elevação na ocupação nacional, observou-se também um aumento real de 5,4% na diária média do país. Todas as capitais conseguiram aplicar reajustes acima da inflação com exceção de Porto Alegre, que registrou queda de 3,6% nesse indicador. Destacam-se os avanços do Rio de Janeiro (+16,3%), que a partir do Réveillon começou a praticar diárias mais altas e Recife (7,6%), impulsionado pela modernização dos hotéis que após reformas buscam o reposicionamento no mercado através do aumento das tarifas, e Fortaleza (5,8%), que assim como outras capitais foi beneficiada pelo Carnaval em março, que estendeu a temporada de férias, além de um aumento no número de voos para a região.
A combinação de crescimento tanto na ocupação quanto na diária média resultou em um avanço real de 9,4% no RevPAR nacional. Seguindo essa tendência, todas as dez capitais analisadas apresentaram aumento real nesse indicador, novamente com destaque para Rio de Janeiro (37%), Fortaleza (14,3%) e Belo Horizonte (13,6%).
A hotelaria brasileira segue com boas perspectivas, para o ano de 2025, sendo impulsionada principalmente pelo crescimento nas tarifas. Destaca-se o forte apelo do segmento de lazer, que tende a se manter ao longo do ano, favorecido pelo dólar elevado e pelos altos índices de inflação em mercados concorrentes.